Cruzadas

quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Idade Média
Cruzadas
A partir do século XI, o mundo medieval sofreu uma série de transformações que incidiram diretamente sobre a ordem feudal. O crescimento demográfico experimentado nessa época estabeleceu uma conflitante relação com a baixa produtividade que marcavam a produção agrícola dessa época. Mesmo com o desenvolvimento de melhores técnicas de plantio – principalmente a partir da invenção do arado de ferro e a melhoria dos moinhos hidráulicos – a demanda por alimentos era maior que a produção.
Dessa maneira, muitos dos senhores feudais começaram a instituir o aumento das obrigações servis cobradas sob a população campesina. A formação desse excedente populacional ainda seria responsável por um processo de marginalização onde muitos eram expulsos dos feudos e, por isso, passavam a se sustentar por meio da mendicância ou da realização de pequenos crimes. De fato, podemos perceber que o mundo medieval passava por uma visível transformação.
No interior da classe nobiliárquica houve uma importante mudança no que se refere ao direito de posse das terras. Para que não tivesse seu poder diluído, os senhores feudais começaram a deixar suas propriedades como herança somente aos filhos mais velhos. Com isso, a instituição do chamado direito de primogenitura obrigava os filhos mais novos dos senhores feudais a buscarem outros meio de vida oferecendo serviços militares em troca de terras ou outras fontes de renda, como a cobrança de pedágio.
Em meio a essas mudanças, podemos perceber que tanto nobres como camponeses se tornaram vítimas de um processo de marginalização que ameaçava a estabilidade da ordem feudal. Para que esse problema fosse resolvido, a Igreja mobilizou essa população para que formassem exércitos religiosos incumbidos da tarefa de expulsar os muçulmanos da Terra Santa.

Feudalismo

Texto de apoio para a Prova do 3º Bimestre
FEUDALISMO
O sistema feudal tem origem em instituições tanto do mundo romano quanto do germânico.
A principal unidade econômica de produção era o feudo, que se dividia em três partes distintas: a propriedade privada do senhor, chamada manso senhoril, no interior da qual se erigia um castelo fortificado, o manso servil, que correspondia à porção de terra arrendada aos camponeses em lotes denominados tenências, e ainda o manso comunal,constituído por terras coletivas, pastos e bosques, usados tanto pelo senhor quanto pelos trabalhadores camponeses presos à terra – os servos. Diante da crise econômica e das invasões germânicas, muitos dos grandes senhores romanos abandonaram as cidades e foram morar nas suas propriedades no campo. Esses centros rurais, conhecidos por vilas romanas, deram origem aos feudos medievais. Muitos romanos menos ricos passaram a buscar proteção e trabalho nas terras desses grandes senhores. Para poderem utilizar as terras, no entanto, eles eram obrigados a entregar ao proprietário parte do que produziam, estava instituído assim, o colonato. Aos poucos, o sistema escravista de produção no Império Romano ia sendo substituído pelo sistema servil de produção, que iria predominar na Europa feudal. Nascia, então, o regime de servidão, onde o trabalhador rural é o servo do grande proprietário.
No sistema feudal, o rei concedia terras a grandes senhores. Estes, por sua vez, davam terras a outros senhores menos poderosos, chamados cavaleiros, que, em troca lutavam a seu favor. Quem concedia a terra era um suserano, e quem a recebia era um vassalo. As relações entre o suserano e o vassalo eram de obrigações mútuas, estabelecidas através de um juramento de fidelidade. Quando um vassalo era investido na posse do feudo pelo suserano, jurava prestar-lhe auxílio militar. O suserano, por sua vez, se obrigava a dar proteção jurídica e militar ao vassalo. O feudo (terra) era o domínio de um senhor feudal. Não se sabe o tamanho médio desses feudos.
Características Econômicas e Sociais:
Durante a alta idade média, que transcorreu entre o século V ao século XI, devido, principalmente a instabilidade política, fruto das invasões bárbaras, a economia feudal caracterizou-se pela auto-suficiência. Isto significa dizer que o feudo buscava produziu tudo que era necessário para a manutenção da comunidade. A quase inexistência de comércio impedia que houvesse um abastecimento externo ao feudo.
Assim, as principais atividades econômicas estavam associadas à manutenção das pessoas. Merece destaque a produção agrícola e a criação de animais.
Já na baixa idade média notou-se uma ruptura com as características de subsistência que apresentava o feudalismo. Com o fim das invasões e o surgimento de novas técnicas agrícolas foi possível a comercialização do excedente de produção.
O aumento do comércio promoveu o desenvolvimento das cidades medievais. Grande parte dessas antigas cidades tinha um núcleo fortificado com muralhas, chamado burgo.
Com o crescimento da população, o burgo foi alargando seus limites para além das muralhas. Os comerciantes e artesãos que viviam em torno dos burgos eram chamados de burgueses.
Aos poucos, o progresso do comércio e das cidades foi tornando a burguesia mais rica e poderosa, passando a disputar interesses com a nobreza feudal. Além disso, a expansão do comércio também influenciou na mentalidade da população camponesa, contribuindo para desorganizar o feudalismo.
Cansados da exploração feudal, muitos servos ouviam entusiasmados as notícias da agitação comercial das cidades. Grande número deles migrava para as cidades em busca de melhores condições de vida. As cidades tornaram-se locais seguros para aqueles que desejavam romper com a rigidez da sociedade feudal. Por isso, um antigo provérbio alemão dizia: O ar da cidade torna o homem livre.
Os servos que não migraram para as cidades organizaram no campo diversas revoltas contra a opressão dos senhores. Em muitos casos, conseguiram aliviar o peso de algumas obrigações, como a talha e a corvéia. Isso foi forçando a modificação das antigas relações servis. Surgiram, por exemplo, contratos de arrendamento da terra entre camponeses e proprietários. Surgiram, também, contratos de salário para pagamento do trabalho dos camponeses.
Lentamente foi surgimento rotas de comércio por toda a Europa, merecendo destaque as rotas do sul que eram organizadas pelas cidades italianas de Gênova e Veneza e as rotas do norte que se desenvolviam na região de Flandres.
Com o rápido crescimento do comércio e do artesanato nos burgos, a concorrência entre mercadores e artesãos aumentou bastante. Para regulamentar e proteger as diversas atividades surgiram as corporações. Cada uma dessas corporações reunia os membros de uma atividade, regulando-lhes a quantidade e a qualidade dos produtos, o regime de trabalho e o preço final. Procuravam assim eliminar a concorrência desleal, assegurar trabalho para todas as oficinas de uma mesma cidade e impedir que produtos similares de outras regiões entrassem no mercado local. Em cada oficina havia apenas três categorias de artesãos: mestres, oficiais ou companheiros e aprendizes.
Sociedade
A sociedade medieval era dividida em estamentos. Os três principais grupos eram:
Nobreza.
Clero.
Servos.
Haviam outros grupos sociais, como os poucos comerciantes existentes na alta idade média. Foi somente na baixa idade média que surgiu a burguesia que rompeu com a característica da sociedade apresentada acima.
A sociedade medieval apresentava ausência de ascensão social e quase inexistia mobilidade social. Como o clero e a nobreza comandavam a sociedade, era comum o clero criar justificativas religiosas para que os servos não contestassem a sociedade. Era uma sociedade estamental.
Na sociedade feudal cada grupo social detinha uma função. O clero cumpria a função da salvação da alma de todos, a nobreza deveria proteger a todos e os servos deveriam trabalhar para sustentar a todos. Assim se justificava a exploração do servo e a necessidade dele seguir os desígnios da Igreja.
O camponês é servil, a relação de trabalho é servil. Era comum o servo, para obter as terras dentro do feudo do senhor feudal ou nobre, jurar fidelidade a esse senhor. Essa cerimônia era baseada na relação de suserania e vassalagem realizada entre suserano e vassalo. Ao jurar fidelidade um ao outro, o senhor se comprometia a proteger o servo. Porém, o servo deveria dar em troca um conjunto de obrigações que passaria para a História como obrigações servis. A terra é o maior símbolo de riqueza e poder;
Relações sociais - verticais ou horizontais:
relações sociais de servidão entre o Senhor das terras e o Camponês (servo)- não possuidor de terras- o servo deve obrigações ao senhor feudal. É uma relação vertical;
relações jurídico-políticas de Vassalagem: é a relação entre dois nobres. É uma relação horizontal. Os dois senhores feudais juram fidelidade e trocam benefícios e homenagens recíprocas;
Pirâmide social "de baixo p/ cima": Laboratores(servos), Belatores( Nobreza), Oratores (Clero)
Suserano: nobre que doa a terra;
Vassalo: nobre que recebe a terra para nela trabalhar;
Investidura: é um ato solene que através do qual o nobre feudal torna-se suserano ou vassalo.
Obrigações do servo
Cada feudo compreendia uma ou mais aldeias, as terras cultivadas pelos camponeses, a floresta e as pastagens comuns, a terra pertencente à igreja paroquial e a casa senhorial, que ficava melhor cultivável. A base do sistema feudal eram as relações servis de produção. Os servos viviam em extrema miséria, pois, além de estarem presos à terra por força de lei, estavam presos aos senhores, a quem deviam obrigações como:
a talha
a corvéia
a banalidades
A talha era a obrigação de o servo dar, a seu senhor, uma parte do que produzia. Essa parte, em geral, correspondia à metade.
A corvéia era a obrigação que o servo tinha de trabalhar de graça alguns dias por semana no manso senhorial, ou seja, no cultivo das terras reservadas ao senhor.
As banalidades eram os pagamentos que os servos faziam aos senhores pelo uso da destilaria, do forno, do moinho, do celeiro etc.
Além, disso, uma parte da sua produção era destinada à Igreja. Tudo isso levava a um baixíssimo índice de produtividade, pois, além de as técnicas serem rudimentares, os servos não tinham a menor motivação para desenvolvê-las porque sabiam que, quanto mais produzissem, mais os senhores lhes sugariam.
O fator que mais contribuiu para o declínio do sistema feudal foi o ressurgimento das cidades e do comércio. Com o ressurgimento das cidades, os camponeses passaram a vender mais produtos e, em troca, conseguir mais dinheiro. Com o dinheiro alguns puderam comprar a liberdade. Outros simplesmente fugiram para as cidades em busca de melhores condições de vida.
Características Políticas
Poder Político descentralizado nas mãos do Rei e centralizado nas mãos do senhor Feudal > Característica Política;
Trabalho Servil:os servos trabalhavam em troca de proteção;
Estado monárquico feudal (base- relação de subsistência e vassalagem entre a nobreza e o Rei);
Caráter Ideológico;
Igreja Católica (formadora de idéias).
Modo de Produção:
Campos abertos: terras de uso comum. Nelas os servos podiam recolher madeira e soltar os animais. Nesses campos, que compreendiam bosques e pastos, havia uma posse coletiva da terra.
Reserva senhorial: terras que pertenciam exclusivamente ao senhor feudal. Tudo o que fosse produzido na reserva senhorial era de sua propriedade privada.
Manso servil ou tenência: terras utilizadas pelos servos, das quais eles retiravam seu próprio sustento e recursos para cumprir as obrigações feudais.
Relação de Trabalho:
Era para legitimar as obrigações servis.
a. Corvéia: trabalhos gratuitos e obrigatórios realizados pelos servos durante alguns dias na semana nas terras do manso senhoril;
b. Talha: taxa paga pelo servo ao senhor feudal que consistia em metade da produção obtida no manso servil;
c. Banalidade: taxa paga pelo servo pelo uso de determinadas localidades do feudo;
d. Capitação: taxa que o servo pagava ao senhor feudal por cada membro de sua família dentro do feudo;
e. Dízimo: taxa paga à Igreja Católica pelo fato do servo respeitar a Igreja e ainda “comprar um terreno no céu”;
f. Taxa de casamento: era paga pelo servo ao senhor feudal, quando aquele fosse se casar com uma mulher pertencente a outro feudo;
g. Taxa de nascimento: taxa paga pelo servo, quando o seu filho nasce;
h. Taxa de justiça: é a taxa que o servo pagava ao senhor feudal para que se fizesse justiça dentro do feudo;
i. Taxa da mão-morta: taxa que o servo pagava ao senhor feudal para ocupar heranças.
Haviam outras taxas que variavam de região para região. Assim, o servo vivia uma grande exploração que permitia o sustento do restante da população.
Texto de apoio para a Prova 3º Bimestre
REPÚBLICA ROMANA

Conquistas da Plebe
A criação de um comício da plebe, presidido por um tribuno da plebe. A pessoa do tribuno da plebe seria inviolável, pessoa protegida contra qualquer violência ou ação da justiça. Ela teria também poderes especiais para cancelar quaisquer decisão do governo que prejudicassem os interesses da plebe.
Lei das Doze Tábuas (450 a.C) – Juízes especiais ( decênviros) decretariam leis escritas válidas para patrícios e plebeus. Embora o conteúdo dessas leis fosse favorável aos patrícios, o código escrito serviu para dar clareza às normas, evitando arbitrariedades;
Lei Canuléia (445 a.C.) – autorizava o casamento entre patrícios e plebeus. Mas na prática só os plebeus ricos conseguiam casar-se com patrícios.
Eleição dos magistrados plebeus (362 a.C.) – os plebeus conseguiram, lentamente, Ter acesso a diversas magistraturas romanas. Em 336 a.C., elegeu-se o primeiro cônsul plebeu, era a mais alta magistratura;
Lei Lícinia.Proibição da escravidão por dívidas – por volta de 366 a.C. foi decretada uma lei que proibia a escravização de romanos por dívidas ( muitos plebeus haviam se tornado escravos dos patrícios por causa de dívidas). Em 326 a.C., a escravidão de romanos foi definitivamente abolida.
As diversas conquistas da plebe, entretanto, não beneficiaram igualmente a todos os membros da plebe. Os cargos políticos e os privilégios ficaram concentradas nas mãos da nobreza plebéia, que passou a desprezar o homem pobre da plebe da mesma maneira que um elevado patrício.
Conquistas Militares e expansão territorial
A luta política entre patrícios e plebeus não chegou a desestabilizar o poder republicano. Prova disso é que a República romana expandiu notavelmente seu território através de várias conquistas militares.
As primeiras evidências da expansão militar consistiram no domínio completo da península itálica. Mais tarde, tiveram inicio as guerras contra Cartago ( cidade no norte da África), conhecidas como Guerras Púnicas* . Posteriormente veio a expansão pelo mundo antigo.
Guerras Púnicas ( 264-146 a.C.) – a principal causa das guerras púnicas foi disputa pelo controle comercial do Mediterrâneo. Quando os romanos completaram o processo de conquistas da península Itálica, Cartago era uma próspera cidade comercial que possuía colônias no norte da África, na Sicília, na Sardenha e na Córsega. Era, portanto, uma forte concorrente dos romanos . Para impor sua hegemonia comercial e militar na região do Mediterrâneo, os romanos precisavam derrotar Cartago. Após batalhas violentas, desgastantes e com duras perdas, os romanos conseguiram arrasar Cartago em 146 a.C.
Expansão pelo mundo antigo – eliminando a rival ( Cartago), os romanos abriram caminho para a dominação de regiões do Mediterrâneo ocidental (Macedônia, Grécia, Ásia Menor). O mar mediterrâneo foi inteiramente controlado pelos romanos que o chamavam de nare nostrum ( nosso mar).
Conseqüências das conquistas militares
As conquistas militares acabaram levando a Roma a riqueza dos países dominados. O estilo de vida romano, antes cimple e modesto, evoluiu em direção ao luxuoso, ao requintado, ao exótico. A elevação do padrão e do estilo de vida romano refletia-se na construção das casas, no vestuários e na alimentação das classes dominantes. Mas o luxo e a riqueza eram privilégios de uma minoria de patrícios e plebeus ricos.
No plano cultural, as conquistas militares colocaram os romanos em contato com a cultura de outras civilizações. Nesse sentido, deve-se destacar a grande influência dos gregos sobre os romanos.
Á sociedade também sofreu transformações. Os ricos nobres romanos, em geral pertencentes ao Senado, tornaram-se donos de grandes latifúndios, que eram cultivados pelos escravos. Obrigados a servir no exército romano, muitos plebeus regressaram a Itália de tal modo empobrecidos que, para sobreviver, passaram a vender seus bens. Sem terras, inúmeros camponeses plebeus emigraram para a cidade, engrossando a massa de desocupados pobres e famintos.
Crise e fim da Republica
O aumento da massa de plebues pobres e miseráveis ornava cada vez mais tensa a situação social e política de Roma. A sociedade dividia-se em dois grandes pólos. De um lado, o povo e seus líderes, que reivindicavam reformas sociais urgentes. De outro a nobreza e grandes proprietários rurais.
A reforma de Graco
Diante do clima de tensão, os irmãos Tibério e Caio Graco, que eram tributos da plebe, tentaram promover uma reforma social (133-132 a.C.) para melhorar as condições de vida da massa plebéia. Entre outras medidas, propuseram a distribuição de terras entre camponeses plebeus e limitações ao crescimento dos latifúndios. Sofreram então forte oposição do Senado romano. Acabaram sendo assassinados a nmando dos nobres, que se sentiram ameaçados pelo apoio popular que os irmãos vinham recebendo.
Fracassadas as reformas sociais dos irmãos Graco, a política, a economia e a sociedade romanas entraram num período de grande instabilidade.
A transição para o império
Com o agravamento da crise, tradicionais instituições foram questionadas, e um clima de desordem e agitação foi tomando conta da vida das cidades. Diversos chefes militares entraram, sucessivamente, em luta pelo poder, marcando o processo de transição para o império. Entre os principais acontecimentos desse processo destacam-se:
Em 107 a.C., o general Caio Mário tornou-se cônsul. Reformou o exército, instituindo o pagamento de salário (soldo) para os soldados.
Em 82 a.C., o general Cornélio Sila, representando a nobreza, derrotou Caio Mário e instituiu um governo ditatorial.
Em 79 a.C., Sila foi forçado a deixar o poder devido a seu estilo antipopular de governo, pois a situação social estava incontrolável.
Em 60 a.C.estabeleceu-se o Primeiro Triunvirato*, formado por Crasso, Julio César e Pompeu para governar Roma. Pouco tempo depois de assumir o poder, Crasso foi assassinado. Surgiu, então, séria rivalidade entre Pompeu e Julio César. César saiu vitorioso e tornou-se ditador supremo de Roma.Promoveu, durante o seu governo, diversas reformas sociais para controlar a situação. Em 44 a.C. foi assassinado por uma conspiração organizada por membros do Senado.
Em 43 a.C., estabeleceu-se o Segundo Triunvirado, composto por Marco Antonio, Otávio e Lépido. O poder foi dividido entre os três: Lépido ficou com os territórios africanos, mas depois foi forçado a retirar-se da politíca; Otávio ficou responsável pelos territórios ocidentais; e Marco Antonio assumiu o controle dos territórios do Oriente. Surgiu intensa rivalidade entre Otavio e Marco Antonio, que se apaixonara pela rainha Cleópatra, do Egito. Declarando ao Senado que Marco Antonio pretendia formar um império no Oriente, Otavio conseguiu o apoio dos romanos para derrota-lo. Assim, tornou-se o grande senhor de Roma.
Império:
Apogeu e queda de Roma:
A partir de 27 a.C., Otávio foi acumulando poderes e títulos, entre eles o de augusto*, e o de imperador.
Otávio Augusto tornou-se, na prática, rei absoluto de Roma . Mas não assumiu oficialmente o título de rei e permitiu que as instituições republicanas
(Senado, Comício Centurial e Tribal etc.) continuasse existindo na aparência.
Alto Império ( 27 a.C.-235 d.C):
O alto império foi a fase de maior esplendor desse período.
Durante o longo governo de Otávio Augusto ( 27 a.C.-14 d.C.), uma série de reformas sociais administrativas foi realizada. Roma ganhou em prosperidade econômica. O imenso império passou a desfrutar um período de paz e segurança, conhecido como Pax Romana.
Após a morte de Otavio Augusto , o trono romano foi ocupado por vários imperadores, que pode ser agrupados em quatro dinastias:
Dinastia dos Julios-Claudius (14-68) – Tibério, Calígula, Claudio e Nero;
Dinastia dos Flávios (69-96) –Vespasiano e Domiciano;
Dinastia dos Antoninos (96-192) – Nerva, Trajano, Adriano, Marco Arélio, Antinino Pio e Cômodo.
Dinastia dos Severos (193-235) – Sétimo, Severo, Caracala, Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre.
Baixo Império (235-476)
O baixo império corresponde à fase final do período imperial. Costuma ser subdividido em:
Baixo Império pagão (235-305) – período em que dominava as religiões não-cristãs.Destacou-se o reinado de Dicleciano, que dividiu o governo do enorme império entre quatro imperadores (tetrarquia) para facilitar a administração. Esse sistema de governo, entretanto não se consolidou.
Baixo Império Cristão (306-476) – nesse período, destacou-se o reinado de Constantino, que através do Edito de Milão, concedeu liberdade religiosa aos cristãos. Consciente dos problemas de Roma, constantino decidiu mudar a capital do império para a parte oriental. Para isso remodelou a antiga Bizâncio ( cidade fundada pelos gregos) e fundou Constantinopla, que significava "cidade de Constantino"
Crise do Império
O Baixo Império foi sendo corroído por uma longa crise social, econômica e política. Entre os fatores que contribuíram para essa crise, destacam-se:
Elevados gastos públicos para sustentar a imensa estrutura administrativa e militar;
Aumento dos impostor para custear as despesas do exército e da burocracia administrativa;
Crescimento do número de miseráveis entre a plebe, os comerciantes e os camponeses;
Desordens sociais e políticas provocadas por rebeliões tanto das massas internas quanto dos povos submetidos.
Agravando ainda mais essa situação social e econômica , os romanos tiveram de enfrentar a pressão dos povos bárbaros*. Chegou um momento em que os romanos perceberam que os soldados encarregados de defender Roma vinham dos próprios povos contra os quais eles (romanos) combatiam.

Feudalismo

domingo, 20 de setembro de 2009
SISTEMA FEUDAL

As primeiras sementes da sociedade capitalista foram germinadas ainda dentro do sistema feudal. O sistema feudal foi o sistema sócio, político e econômico que marcou a Idade Média, cujas bases assentavam-se na propriedade da terra.
O feudalismo possui suas origens no Império Romano Ocidental que começou a ser invadido, a partir do século III, pelos povos bárbaros, fato que provocou o seu esfacelamento. Os feudos tinham na terra a unidade básica de produção, que possuía natureza auto-suficiente, voltada para atender apenas as necessidades mais imediatas.

Aspectos principais do feudalismo


Devemos definir o feudalismo como um sistema sócio, político e econômico, além das estruturas ideológicas (culturais).
As unidades de produção dentro do feudalismo eram chamadas de feudos. Alguns senhores eram proprietários de centenas de feudos, cada um composto por um castelo, a vila ou aldeia, igreja, celeiros, fornos, açudes, pastagens e mercados, onde se trocava o que era produzido. As terras eram divididas em manso senhorial e manso servil.
A sociedade era estamental e a propriedade ou posse da terra definia a posição (status) na hierarquia social. A terra era a expressão da riqueza, da autoridade, da influência e do poder, e dividia a sociedade feudal em dois estamentos: os senhores e os dependentes.
Os senhores feudais, proprietários dos feudos, formavam uma aristocracia originária da nobreza e do clero.
Os dependentes eram os camponeses que se dividiam em servos e vilões. Os servos eram trabalhadores semi-livres que estavam ligados a terra por lei. Não podiam ser vendidos ou trocados, como se fazia com os escravos. O vilão era outro tipo de trabalhador medieval. Não estava preso a terra e descendia dos pequenos proprietários romanos, que trocavam suas terras por proteção – sistema de Precário.
A estrutura política era descentralizada. Não existia poder central que determinasse regras sociais idênticas para todos os feudos. Havia um rei, mas, principalmente entre os séculos IX e XII seu poder era meramente formal.
Somente em tempo de guerra todos os senhores feudais colocavam-se, com seus exércitos, sob a proteção do rei, que, temporariamente, realizava uma centralização político-militar. Portanto, o rei reinava, mas não governava. O rei tinha poder de direito mas não de fato.

Invasoes Bárbaras

INVASÕES BÁBARAS

Os povos germânicos contribuíram muito para o fim do império Romano do Ocidente. entre estes povos estavam: Francos,Lombardos,Visigodos,Ostrogodos, Anglos, Saxões,Vândalos,Suevos e Burgúndios.
Estes povos eram chamados bárbaros, porque tinham costumes sociais, políticos e econômicos diferentes dos de Roma. Além de usarem idiomas diferentes do grego e do romano.
Os germânicos entraram no território por duas formas:
» migrações: eram incentivados pelos romanos que visavam os jovens germânicos para reforço no exército no controle das fronteiras.
» Invasões: feitas de maneira violenta, com intenção de expulsar os romanos e tomar suas terras.
As migrações foram durante os séculos III – IV. As invasões já foram mais adiante , a partir do século V.
Um dos fatores que impulsionaram as invasões germânicas foi a chegada dos hunos ( mongóis) à Europa. Estes vindo da Ásia , começaram a invadir vários territórios germânicos, obrigando-os a entrar no domínio Romano.
Os hunos aniquilaram os Ostrogodos em 375. e logo em seguida os Visigodos. Para fugir deles o chefe dos visigodos pediu permissão ao imperador romano para entrar no seu território. Esta permissão foi concedida e para arrependimento do imperador romano, os germânicos entraram e saquearam e destruíram muitas das cidades e aldeias romanas.
A maioria dos reinos bárbaros tiveram vida curta. Somente os Francos conseguiram se organizar, estruturar e expandir seus domínios.

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